A audácia mordaz e adolescente o assolava. O mundo era pequeno, ingênuo e casa. Fugiu com o consentimento dos pais e seu passado foi encontrar. O caminho jamais trilhado era tão familiar quanto seu irmão, mas assim como ele, nao voltaria.
O sol se levantava, ruidoso ao som dos pássaros que esvoaçavam em busca do desjejum. A vida seguia sua rotineira mudança, sua velha renovação onde nada permanece onde tudo está. Ele, com seu cérebro, tudo podia ver.
Multiplicado entre os passageiros em cima do latão, faziam-se móveis, parados. A cada segundo de ar que inflava os pulmões, menos respirava. O calor era mórbido, torturador frio e calculista. Cheirava a trabalho o ócio de chegar sem andar.
Sob a calçada furada, pés descalços à frente o seguiam. Os cabelos emaranhados desembaraçavam à medida que o sujo branco dos olhos honestos roubaram-lhe a alma. Onde na carteira havia moeda, era agora lâmina. Inofensiva como o amor, foi algoz da, no peito, dor.
Por Carlos Fernando Rodrigues S.S.D.
terça-feira, 26 de junho de 2012
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Dentre pétalas, os espinhos!
Como começar a se falar
um monte de insanas baboseiras
que tem talento nato de se camuflar
como amor em inocentes roseiras?
Vive-se o que é ilusão e que
frívolos tolos insitem em ver paixão.
Morre-se a cada vida um pouco
como se nasce todo dia mais.
Pobre homem louco,
que de tanto prantar
seu pranto ficou rouco.
Por Carlos Fernando Rodrigues S.S.D.
um monte de insanas baboseiras
que tem talento nato de se camuflar
como amor em inocentes roseiras?
Vive-se o que é ilusão e que
frívolos tolos insitem em ver paixão.
Morre-se a cada vida um pouco
como se nasce todo dia mais.
Pobre homem louco,
que de tanto prantar
seu pranto ficou rouco.
Por Carlos Fernando Rodrigues S.S.D.
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