quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Não leia.

Sou poeta, quer ver?
Espinho da rosa, prego no angu.
Rima incerta em verso e prosa
Rima esperta, espreita e se aquieta reta.

Se um dia falo de amor,
Cochicho no seu ouvido de leitor.
Se por ali eu falo de mim,
Vai ser incômodo ter estômago até o fim.

E assim me vou. Se rimar, te tiro o ar.
Se rima não fizer, viro qualquer sr. José, Mané.
Ai de mim ser poeta pra você ler.
Prefiro assim, ser ser só de ver.

(Avisado você foi, jovem padawan)

Carlos Fernando Rodrigues

quarta-feira, 25 de março de 2015

Fotografia

Porque para se parar o tempo
Tem que haver luz e sombra
Não faz jus ao desejo que tenho,
Desenho que não vejo sem mim.

Assim haveria de ser se fosse eu
Senhor de mim e do meu tempo
Como a nuvem parando vento
Pararia o tempo meu e seu no tic TAC

Não deixo correr o vento nos meus cabelos
Mas eles continuam a cair sem medo
O tempo é malicioso, deixa ir meus apelos.

Queria parar o tempo e ver o que o mundo é
Mas o tempo que me tomam não deixa
Me deixa apenas de pé pra fazer que ele seja.

Por Carlos Fernando Rodrigues

domingo, 22 de março de 2015

Objetivo

O ser objetivo não precisa ser criativo.
Ele vai e faz, ativo e nem sempre produtivo
O criativo é livre, porem muito antes, cativo:
Altivo em fazer, mas não objetivo no falhar.
Vivo entre objetos diretos e indiretas retas.
Não sou objetivo e nem por isso sou produtivo.
Ser um ser passivo social nunca foi meu forte.
Nessa baboseira pra apenas mais um corte piramidal
Classifico a mim como apenas ser vivo, e vivo.

Queria ser objetivo para ter um um, mas não largo essa objetividade de arriscar minha criatividade. Objetivo me livro de mim, criativo cativo mais a mim. Afim de ser essência e tempo, me viro bem na vida assim.

Por Carlos Fernando Rodrigues

quarta-feira, 18 de março de 2015

Ô Moça!

Ô moça, quando cê vai assim cê volta?
Pode falar que minha conversa é torta.
Se lota de sentimento bom e vem cá.
Deixa eu dar um tom pra lá de lá.

Ô moça, eu sei que ja ouviu algo assim
Mas não deixa de falar pra mim
Que cada passo chega mais perto do enfim
Sim, é por achado de surpresa em passado.

Ô moça, pode deixar que eu cuido da louça.
Deixa pra lá do meu tom pra lá de lá,
Faz o bolo antes mesmo de eu chegar.

Ô moça, eu ja tô ficando chato moça.
Mas soneto é assim mesmo. Meio longo.
Querer te ver é só um tanto, deve ser cedo.

Por Carlos Fernando Rodrigues