sexta-feira, 23 de junho de 2017

Supernova

Sempre fora silêncio obstante
no mais obscuro do azul cósmico
onde a vida sublima um instante.

Seu calor em obsolescência, aquiescia,
e o frio aqueceu quando novamente
do resto e nada, houve silêncio somente.

Ouve-se agora o tempo.
Houve o tempo em que o tempo passava,
embora agora entoe sua despedida desesperada.

Núcleo de espaço-tempo,
onde tempo não se passa e espaço não se ocupa.
Bolo ao forno denso de massa, dentro de casa.

Grave ao vácuo onde não graves, ou agudos.
Inquieto por ser viés de qualquer tudo
onde tudo no fim findará ao nada do escuro.

Por Carlos Fernando Rodrigues



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