Será que existe aquilo que posso chamar de casa?
Ela que me prende minha faminta liberdade.
Esconde a rebeldia, presa na idade.
Porque ficar onde me amarram a asa
me parece tão aconchegante
quanto o abraço de um amante.
Sem casa, sem teto ou destino,
na lua cheia ou sol apino.
Liberdade na vaidade
e cabeça na saudade.
Sou humano.
Se fosse necessidade, não seria liberdade.
Queria um lar, do lado do seu
que somente e simplesmente
chamaria feliz por meu.
Que se dane a razão,
hospedeiro dele sou eu.
Aqui quem fala de longe
é o famigerado coração.
Por Carlos Fernando Rodrigues S.S.D.
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