quinta-feira, 27 de junho de 2013

Ordem (Partes 1 e 2)

 Breve Ordenamento Geral

           De uma flor arrancada à um papel no chão ou um ser qualquer na escuridão. Subversões da Ordem natural das coisas e do mundo. Ao menos que tudo fosse natural, ou nada. Como podemos conceber uma ordem dentro de uma própria ordem se nossa imaginação é mera abstração? Senão seria a abstração apenas uma regra dessa ordenação. Fato é que a vida obedece e desobedece essa ordem natural, mesmo com toda a sua indignação.
            Imaginemos o que chamamos por natureza e que, geralmente, pontuamos como algo alheio a espécie humana. Plantas, animais, substâncias,vida. Todos coexistem em uma ordem de dependência e equilíbrio extremamente delicado, porém para eles, intransponível. É como se tudo se criasse em absoluta perfeição e comunhão. Como se o que lhes é nato fosse ausente de deficiência, e se ela existir, é automaticamente suprida. Chega a ser incompreensível em dados momentos. Mas seria isto compreensível aos olhos da razão humana? Ou seria a razão humana uma subversão da Ordem?
              Insistente e teimoso em sua capacidade cognitiva, o ser humano busca desde seu florescimento racional algumas respostas acerca deste assunto. São tão variadas as teorias e estudos, que muitos chegam a realmente acreditar nessas baboseiras desmesuradas. Porém não cabe a mim julgar em que o resto majoritário da humanidade crê ou deixa de crer, pensa ou deixa de pensar. Simplesmente dissertarei sobre alguns pontos que penso serem singelamente discutíveis e que, obviamente, também sejam interessantes. Portanto, se você não gosta, não quer, não se sente a vontade para ler questões e ladainhas prolixas de um ser descaradamente preguiçoso, pedante e, mesmo dessa forma, maravilhado com o mundo, o céu e o cérebro que possui, sugiro que pare sua inútil leitura por aqui, na parte 1. Ou seja, não siga a ordem… ou siga, se a ordem for a curiosidade, mas não me culpe pelo que vai ler…

Sobre a Ordem humana

            Que diriam os idealizadores, pensadores, professores e demais "dores"que deram suas brilhantes contribuições à nossa maravilhosa concepção de ordem social se vissem em que fomos capazes de as transformar? A verdade é que não diriam nada, pois já não são capazes disso e infelizmente seus pensamentos e abstrações podem estar servindo de desculpa para um intelectualzinho qualquer pautar as asneiras que diz no facebook ou em um bloguezinho qualquer (vide sobreedades.blogspot.com). A todo o tempo pensamos ser a mais absoluta representação destes ideais preponderantes, voluntariamente ou não.
            Assim acreditamos fundamentalmente que o ser humano foi e é capaz, durante toda sua história, de estabelecer a Ordem para todas as coisas, e através disso conseguimos estabelecer um padrão para essa totalidade. Seria dessa forma, o ser humano independente de natureza, divindade ou qualquer desígnio superior, pois seria o próprio capaz de criar, planejar, fundamentar e produzir por si só. 
            Há, contudo, o porém de que o ser humano não se criou, não se planejou, não se fundamentou e nem se produziu. Ele descende de uma variedade improvável de credos, estudos, ideias e matérias. É, portanto, irrelevante o que se produz entre os seres humanos para o Ordenamento Maior, uma vez que este é superior, porém, reciprocamente inexpressivo.

Por Carlos Fernando Rodrigues

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