Hoje o dia nasceu morno.
Sem ser frio e chuvoso,
nem quente de sol todo.
A neblina até no ar pairou,
mas por aqui não ficou.
O café foi ligeiro, sempre é,
mas nem mesmo foi café.
O pão foi intenso como beijo,
mas nem mesmo era de queijo.
A água correu, parecia um moinho.
Rodava a rotina de cidade feroz,
eu ali passava, sem pressa, caladinho.
O sol decidiu sair, revoltou-se e fez calor.
Um calor para nuvens cinzas de amor.
Se choveu não vi. Em meio a essa vida, preferi dormir.
Por Carlos Fernando Rodrigues
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