terça-feira, 7 de maio de 2013

In formação

Uma parada para a vida, sem emoção,
sem querer saber de razão de capa surrada.
Espaço em branco novo, com cheiro de mofo.
Contemplando sonhos poucos, simples,
pela revolução de tolos em parágrafos ocos.

Desenhando em letras guerras de palavras, iguais e livres.
Velhas tipografias sem novas ideologias.
E essa  revolução, sentada lendo-se em crimes.
De interesse, nenhum, somente vigília.

Uma crônica quer aliviar o dia, quer até ser poesia.
Não seria hora de hipocrisia, pra quê quebrar a monotonia?
Mas para seu valor, o ócio nunca foi um bom negócio.
Ficou na apatia das notícias frias.

Frio era o resto de café, gritava a xícara.
Anunciava as migalhas de pão, jogadas no chão.
O papel continuou vazio, cheio de letrinhas,
prendeu quem o largou nas malditas entrelinhas.

Por Carlos Fernando Rodrigues

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