terça-feira, 9 de julho de 2013

Apagar

Breve momento de ambição minha
teimar em escrever essa poesia.
Pressão interna que se externa
pra rimar qualquer coisa na pressa.
Como antes era a vida,
como antes era melancólica.
Uma coisa diabólica.
Uma qualquer coisa escorrida.

Ser somente reflexo de mundo,
o mundo inverso em verso,
o verdadeiro mundo de perto.
Incerto coração vagabundo.
sem sentido, à procura de teto
para ser um qualquer moribundo.

Graves pecados atenuantes para ser
quase ateu o pobre querer do ser.
Ambição de qualquer bondade por fazer,
e acabar lhe fazendo ler e crer
em uma bobagem qualquer que escrever.
Sem escrito, uma sentida a morrer.

Quase termino a duvidar do quando.
Será hora de acordar e acabar?
Chegar agora para poder partir.
Apagar a luz para não me confundir.
Humanas subversões de seres qualquer.
Seres discretos em particulares escuridões.

Por Carlos Fernando Rodrigues

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