terça-feira, 30 de julho de 2013

Inconsciência

Persistência da memória, a qual aflige meu ego.
Insistência da pura interferência no meu eco.
Ressonante, dissonante, perversa.
Sem estar em meus pensamentos, sem pressa.
Ela espera, ao anoitecer, para minha sorte desfazer.

Na minha cama, ao meu lado, na minha frente.
Ela se faz presente, não está. Estão apenas palavras.
Ditas, desditas, descritas. Despista minha mente.
Seca, antes era úmida. Fria, antes era quente.

Intrépido, embarco em meu inconsciente.
Dislexo, embalo meu cérebro impotente.
Morbidez aparente, à minha frente, um encontro.
Como se estivesse pronto, vejo o que se sente.
Impossibilidade de materialização inerente.

Como era de se retornar ao passado, uma tarde.
Tarde triste da noite a encontro, às escuras.
Primeira, única, finalmente, incômoda… vez.
Sonho ou realidade, o inconsciente a florescer.

Por Carlos Fernando Rodrigues

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