Tudo que choveu não caía,
esperou até o apogeu.
Um momento fugaz
cortou-me sagaz.
A chuva não trazia vida.
Trazia morte. Suja.
Fecharam-me a saída,
e encontrei a dita cuja.
Matar a morte não é tarefa fácil.
Enquanto morria de véspera,
uma flor rosa forte,
da árvore do parque a minha espera,
me chamou. Gritou.
Ela era fria, insensível e banal.
Mas era bela,
cobria a dor carnal.
A chuva agora caía,
trazia as dores
que nem mesmo as flores
poderiam transformar em cores.
Por Carlos Fernando Rodrigues S.S.D.
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