sexta-feira, 8 de abril de 2011

Vício

Ócio que procura o ópio,
oficina sempre vazia
faz seu terror próprio,
diabos na cabeça fria.

Preguiça no vai e vem da rede
de onde brota a necessidade
que vai contra a parede
e ultrapassa a legalidade.

O pássaro me avisou
de todo seu amor.
Não poderia vir
e me deu sua flor.

Na estrada que me dá o céu,
eu encontro a serra.
Sob da neblina, véu,
abrigo do despertar da minha fera.

Meu ópio é o amor.
Amor que não vê ódio,
só vê amor.
Olha por cima da dor,
chega manso.
Desse eu não me canso.

Por Carlos Fernando Rodrigues  S.S.D.

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