quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Cangaceiro e o Coronel - Parte 3 "O Social"

       A cidade vivia agora tempos de mudança. Em plena estagnação política do Brasil, a sociedade novalimense pulsava novas ideias e ideais. Estava instalada ali a maior das rixas entre políticos que o pequeno município já vira.
       Nas classes mais baixas, os ideais marxistas tomavam conta dos pensamentos da população mais jovem e até mesmo dos mais velhos, apesar de certa resistência. Formou-se ali uma grande força ideológica dos trabalhadores e uma expressiva quantidade de votos em potencial.
       A mobilização do proletariado era assistida de longe pela classe dominante da sociedade. A elite não se deixava tocar pelos ideais igualitários do socialismo. A ideia de ditadura do proletariado gerava repulsa nos patrões, que não queriam de forma alguma se equivaler aos seus empregados. A ditadura agora chegava à economia, imposta pelos proprietários e comandantes aos construtores dos alicerces sociais, deixando de lado o lado humano do ser humano.
       Essa situação opressora gerou a necessidade da criação de uma força que agregasse toda a classe trabalhadora em torno de uma só luta, que atendesse a todos, de forma a criar uma alternativa à exploração burguesa sobre os operários. Como em uma coincidência, o destino já havia decidido quem comandaria essa força...

Continua.

Por Carlos Fernando Rodrigues

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